sexta-feira, julho 15, 2005

GREVE

Começou esta sexta-feira a greve da Função Pública, a primeira a nível nacional desde o início do ano.A paralisação abrange mais de 700 mil funcionários públicos e começou a sentir-se na última noite, ao afectar os serviços nocturnos de recolha de lixo em todo o país, com uma adesão entre os 70 e os 100 por cento.Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a recolha de lixo parou em pelo menos 14 concelhos.A adesão à greve foi de 100 por cento em Almada, Amadora, Évora, Barreiro, Loures, Seixal, Moita, Palmela, Setúbal, Moura, Montemor-o-Novo e Vendas Novas, Matosinhos e Oeiras. A paralisação foi convocada por sindicatos afectos à CGTP, UGT e independentes, que protestam contra o congelamento das carreiras, o aumento da idade da reforma e a redução da protecção na doença, medidas impostas pelo Governo, no âmbito do combate ao défice.Outro motivo de protesto é a alteração do sistema de avaliação de desempenho com imposição de mais quotas que segundo os sindicatos limitam as promoções dos trabalhadores bem classificados.Os efeitos vão notar-se nos hospitais e centros de saúde (os serviços mínimos de urgência estão assegurados), nas repartições de finanças, transportes municipais, tribunais, portos estabelecimentos fabris das forças armadas e em muitos sistemas informáticos do Estado.Nas escolas a greve não deverá ter repercussões porque já terminaram as aulas e os exames, mas pode atrasar a afixação das notas dos exames do 12º ano.A greve foi convocada inicialmente pela Frente Nacional dos Sindicados da Função Pública (FNSFP/Frente Comum) mas, depois, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), optaram por uma paralisação coincidente, por concordarem com os motivos do protesto.A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP), ligada à UGT, não participa nesta greve. Depois de se ter disponibilizado para a greve em Junho, decidiu adiar uma eventual convocação para Setembro, na esperança de entretanto conseguir dialogar com o Governo.
Lusa

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