segunda-feira, julho 04, 2005

TEIXEIROVSKI

- O LATIFUNDIÁRIO DE LESTE -

No rectângulo mais oeste do velho continente europeu, infelizmente, vive-se ainda sob o jugo de uma força invisível que torna os mais frágeis ainda mais fracos e os mais fortes ainda mais endinheirados, o mesmo vai ocorrendo lá para os lados da bela terra, sita na planície ribatejana, banhada pelo Sorraia, outrora capital dos touros e rica nas visitas dos chefes do regime “do tempo da outra senhora”. Quer-me cá parecer que a “outra senhora” (quem quer que ela fosse) ainda vai mandando algumas postas de pescada nesta bela terra do achigã e do barbo.
É certo que, politicamente virou a Leste, embora mais recentemente tivesse adoptado as teses neo-socialistas do chega “pra lá qué cigano”. Os senhores que mandam na autarquia do local adoram pavonear-se pelos restaurantes da terra pedindo almoços e jantares à borla e prometendo alvíssaras aos incautos coruchenses que “ignorantizados” lá lhes vão tirando o chapéu.
Bom, mas não é para falar de política que me convidaram a escrever este texto, mas sim, de uma personagem mui ilustre dessa bela terra das migas, dos campinos e do ensopado de borrego, de seu nome “teixeirovski”.
Neste momento, dir-me-ão, então e escreve um nome próprio em letra minúscula, contrariamente ao que é ensinado na escola ? Meus amigos, é propositadamente que o faço, atendendo à natureza fétida, pérfida e má deste espécime animal.
Nascido nas ditas “boas famílias” sofreu tal desgosto pela morte de um descendente no seu lugar, cruz que têm de carregar para toda a vida e que o levou com maior regularidade a visitar a velha senhora “Igreja”.
Herdou vasta fortuna latifundiária de um Homem bom que partilhava as posses com quem menos tinha (dizem os mais velhos), porque eu cá - essas coisas, de quem tem partilhar com quem menos tem – soa-me a beatice e sobretudo a comiseração e misericórdia cínica, pois se dá 20 decerto que explora e obtém 60. Bom, adiante.
Dizia eu que, este “teixeirovski”, senhor feudal das terras da periferia coruchense, entregava as terras ao povinho para que este cultivasse e lhe entregasse os proventos que a terra dá, pagando-lhes o mínimo de subsistência, para que, pobres coitados, permanecessem enquanto tal, durante gerações e gerações.
Como todas as famílias “benzocas” o “teixeirovski” está, intimamente ligado à senhora “Igreja”, ademais, após o episódio que atrás referi. Foi neste contexto de grande intimidade que o abade, visita de casa do senhor feudal, lhe foi pedir batatinhas para um tratamento de beleza para a senhora “Igreja”. Em troca o abade só teria de louvar as atitudes e comportamentos tão consentâneas com a misericórdia para com um povo que padece dos males da interioridade.
Senhora “Igreja”, vetusta nas ideias, perdida algures na feudalidade dos tempos mantém sobre o povo a influência q.b., para fazer do “teixeirovski” o senhor da vila, o povo, esse, faz-lhe vénias à passagem, também “ignorantizados” pela velha senhora.
Abade e povo, ficaram muito sensibilizados com o gesto nobre do “teixeirovski” que se propôs a financiar o tratamento de beleza da senhora “Igreja”. Não sabem, porém, que o dinheiro não era do homem. Ou seja, nunca o “teixeirovski” iria despender do seu. Então, pôs mãos à obra e encetou maneira de fazer funcionar os seus contactos dos tempos “da outra senhora” e, eis aqui uma bela maquia para entregar ao abade. Os inúmeros subsídios à mercê dos latifundiários também servem para custear os tratamentos de beleza das senhoras “Igrejas”, coitadas.
Feliz com o gesto, o povo lançou-lhe louvores e o animal feudal agradece, colocando sua mão no peito do mesmo passo que acena com a cabeça, felicitado pela “opus dei”, oops ! desculpem ! pela obra do senhor.
O grande obreiro tudo vê e tudo sabe, assim aguarda-se que na hora da verdade , “teixeirovski”, habituado a vencer pela trama e pela mentira, pagará o mal que tem feito aos seus concidadãos.
Coruchenses, não vos deixeis cair na ilusão, “teixeirovski” é besta passível de ser derrotada, pois a lei é geral e abstracta, igual para todos, o chavão propalado aos sete ventos do “a justiça não é igual para todos” está errado. Pois, o “teixeirovski” perdeu em toda a linha, 1ª instância, Relação e até no Altíssimo que o obrigou a devolver as quantias recebidas indevidamente.
O espanto deste resultado trouxe surpresa ao senhor presidente da Câmara, aliado mamão dos almoços, jantares e afins para a sua candidatura ao poder local e ainda à senhora do Tribunal com nome de treinador de futebol que pensou também ela passar por cima do concidadão. Enganou-se e, engasgou-se com o tamanho do sapo que teve de engolir, eu até gosto daquele treinador mas tem cá uma família ! Ó minha senhora tem que aprender que a lei é geral e abstracta, sendo igual para todos e até mesmo para o menino latifundiário. Pois é, parece impossível mas é verdade, o senhor perdeu e quem ganhou foi o povo.
Meus senhores se a coruja está a cair é por culpa do “teixeirovski”, os Réus ganharam, cansaram-se e vivem agora da reforma e da pequena fortuna que aquele lhes teve de devolver.
Havemos de voltar ao “teixeirovski” com mais episódios da sua vida triste, que os coruchenses desconhecem, até lá, deixa-vos o MEIA LECA.
By MEIA LECA

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Apenas descrevo este post como magnifico, real e actual.
Alguns coruchenses ainda vivem num mundo de servidão, em que a vénia e a “graxa” fazem parte do seu dia a dia, e a culpa é única e exclusiva deles próprios.

9:51 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Um aplauso por este post.só peca por nao malhar mais nesse marialva de meia tijela/rato de sacristia chamado teixeira que tanto tem prejudicado a vila e seus filhos trabalhadores.por isso meia-leca afinfa-lhe que ele merece....
-um lagarto com asas.

9:25 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial