Negócios ilícitos à volta do casamento
Nuno e Cristiana deram o nó em 2005. Contrataram os serviços de um salão de banquetes do concelho de Torres Novas, pagaram cerca de dez mil euros pela boda mas a única prova que têm do dinheiro ali gasto é o número do cheque que passaram.
João e Filipa preferiram fazer a festa de casamento numa quinta da zona de Rio Maior. A charrete com que foram para a igreja, as centenas de flores que embelezavam as mesas e até o próprio fotógrafo foram coisas com que não tiveram de se preocupar. A quinta tratou de tudo e, no final, foi só passar o cheque. Sem ter qualquer factura de volta.
A fuga ao fisco é conhecida da Direcção de Finanças de Santarém, que depois de fazer um cruzamento de dados decidiu começar a actuar. Desde segunda-feira que está a remeter cartas aos proprietários de quintas e restaurantes com pedido de esclarecimentos sobre as actividades exercidas.
A situação é mais grave no caso das quintas rurais. Porque muitas nem sequer estão cadastradas na respectiva repartição de finanças. Nem sequer para a actividade agrícola. Fiscalmente é como se não existissem. Mais desenvolvimentos na edição semanal.
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