Sensacionalismo a quanto obrigas
O estado enfermo do serviço noticiário português está bem à vista de todos na forma como todas as televisões tentaram cobrir a passagem do furacão Gordon pelo Arquipélago dos Açores no anoitecer de terça-feira. Foi algo ridículo e inquietante ver ligações em directo sobre ligações em directo às diversas ilhas para assistir a dois, três minutos de ligação de um jornalista com ar enfadado e desiludido devido a ainda não ter acontecido nada de extraordinário. Nem chuva, nem vento, nem nada. Quando questionado sobre se já chovia torrencialmente ou se os ventos já sopravam a velocidades estonteantes a resposta era sempre a mesma: “não. Por enquanto não. Ainda não”. E era sempre com voz entristecida que terminava: “Estava programado para esta hora, mas ainda não há nada para contar”. OOOOOOOOOOOOhhhhhh que pena, já nem se pode confiar na pontualidade dos furacões. Esteve a malta a preparar um sem número de equipamentos, de directos, equacionadas mil e uma possibilidades e agora o furacão tarda em aparecer. Será que ninguém explicou ao maldito furacão que aquele era o horário nobre das televisões portuguesas? Mas que pena. Não há casas pelo ar, animais mortos, pessoas a correr aflitas, uma ou outra desgraçadinha. Possa pá. Para a próxima combinem lá isso melhor com a Natureza porque assim não dá. Está uma pessoa sentada em casa à espera de um bom directo, já com as pipocas preparadas e nada. Ainda pensei em reclamar para o instituto de meteorologia ou para a TV Cabo, mas acabei por desligar o aparelho.
1 Comentários:
Façam como eu não liguem a tv.!!!!
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