O Dia de Portugal comemora-se actualmente a 10 de Junho, data da morte de Luís de Camões.
Camões e a nacionalidade.
O Paço dos Duques de Bragança, com a estátua de D. Afonso Henriques, e o castelo são os emblemas de Guimarães, cidade referida hoje como berço da Nação
Por outras mui nobres palavras, os Descobrimentos vieram "dar novos mundos ao Mundo". Trazem a fama, fortalecem a ideia de união e objectivo comum. Pode ser apenas uma interpretação; para além dos Descobrimentos e para além da História, Portugal permanece. Mas a epopeia transforma-se em ícone, símbolo da grandeza da nação. Pelo menos durante um tempo. Quando Luís Vaz de Camões nasce, ninguém sabe exactamente onde, nem em que data, mal se imaginavam as consequências da futura batalha de Alcácer Quibir. O poeta leva vida de aventura e boémia mas projecta a Língua Portuguesa além mar. Terá perdido um olho em Ceuta e ter-se-á milagrosamente escapado de um naufrágio, trazendo ao Rei D. Manuel o seu poema épico.
Ainda em vida é-lhe reconhecido o mérito, passando a receber uma tença régia de 15 mil reis, que se supõe, gastaria na boémia. As suas últimas palavras terão sido qualquer coisa como "Morro com a Pátria!". No dizer dos mais sensíveis, assim aconteceu. Deixou vasta obra que o consagra como dramaturgo, um dos maiores poetas de toda a terra, cultor da Língua Portuguesa, génio imortal. E, tal como os honrosos feitos das Descobertas, Luís de Camões torna-se o ídolo da nacionalidade, memória recorrente sobretudo em tempos de crise.
Seguem-se os anos negros de domínio espanhol. A Independência, em 1 de Dezembro de 1640 veio mostrar que, afinal, havia ainda "que cumprir Portugal". Camões já não estava cá para assistir, mas Portugal avança de novo. Rodando no tempo, passando da Monarquia à República, cruzando crises e regicídios, a nacionalidade está afirmada.
O Paço dos Duques de Bragança, com a estátua de D. Afonso Henriques, e o castelo são os emblemas de Guimarães, cidade referida hoje como berço da Nação
Por outras mui nobres palavras, os Descobrimentos vieram "dar novos mundos ao Mundo". Trazem a fama, fortalecem a ideia de união e objectivo comum. Pode ser apenas uma interpretação; para além dos Descobrimentos e para além da História, Portugal permanece. Mas a epopeia transforma-se em ícone, símbolo da grandeza da nação. Pelo menos durante um tempo. Quando Luís Vaz de Camões nasce, ninguém sabe exactamente onde, nem em que data, mal se imaginavam as consequências da futura batalha de Alcácer Quibir. O poeta leva vida de aventura e boémia mas projecta a Língua Portuguesa além mar. Terá perdido um olho em Ceuta e ter-se-á milagrosamente escapado de um naufrágio, trazendo ao Rei D. Manuel o seu poema épico.
Ainda em vida é-lhe reconhecido o mérito, passando a receber uma tença régia de 15 mil reis, que se supõe, gastaria na boémia. As suas últimas palavras terão sido qualquer coisa como "Morro com a Pátria!". No dizer dos mais sensíveis, assim aconteceu. Deixou vasta obra que o consagra como dramaturgo, um dos maiores poetas de toda a terra, cultor da Língua Portuguesa, génio imortal. E, tal como os honrosos feitos das Descobertas, Luís de Camões torna-se o ídolo da nacionalidade, memória recorrente sobretudo em tempos de crise.
Seguem-se os anos negros de domínio espanhol. A Independência, em 1 de Dezembro de 1640 veio mostrar que, afinal, havia ainda "que cumprir Portugal". Camões já não estava cá para assistir, mas Portugal avança de novo. Rodando no tempo, passando da Monarquia à República, cruzando crises e regicídios, a nacionalidade está afirmada.
O conceito de nacionalismo.
Já durante a monarquia, o poeta era o emblema de um Portugal conquistador e grandioso. No tricentenário da sua morte houve direito a festejos de arromba, com a trasladação das ossadas para o Mosteiro dos Jerónimos. A esta cerimónia assistiu a família real, ainda que com certa relutância. Não admira, pois o facto foi politicamente aproveitado. O Partido Republicano, em atitude temperada por pontual saudosismo, visava lembrar o Poeta e, simultaneamente, o país antigo. Era uma crítica camuflada mas possível.
O conceito moderno de nacionalismo é discutível e ambíguo, facilmente aproveitado para fins diversos. No Estado Novo confundia-se com o orgulho de uma raça que se cria de ascendência comum, mas se fazia abertamente ligar a princípios extremistas ou fundamentalistas. Terá sido relativamente fácil e conciliatório pegar na empolgante figura de Luís de Camões e transformá-lo no símbolo português de referência.
Como facto político, as comemorações do Dia de Camões não vieram a ter continuidade. Durante a República por exemplo, o 10 de Junho celebrou-se mas sem carácter permanente.
Instituto Camões
1 Comentários:
A Frente Nacional apela a todos aqueles que, independentemente da sua ideologia ou filiação partidária, querem mais justiça, mais liberdade, e um efectivo combate à criminalidade, nas suas raízes e origens, para se juntarem à manifestação do próximo dia 18 de Junho, Sábado, em Lisboa!
Mais info em: www.frente-nacional.org
Não se pode pensar apenas no umbigo, os problemas de Coruche são os problemas de todos os portugueses!
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