A Pouco e pouco...
A pouco e pouco, estamos a ficar convencidos de que, finalmente, temos Governo. Porque há gente competente, autoridade, determinação e obra feita. E nós, os portugueses, apreciamos, sobretudo, a autoridade e a obra feita.
Mas cuidado porque as aparências, por vezes, iludem. Aquilo a que estamos a assistir é à emergência de um homem, José Sócrates, no papel de um líder. De que tipo? Veremos. Porém, é um facto positivo, porque surge após três tentativas falhadas: António Guterres, José Barroso e Santana Lopes. É o inverso do ditado popular: depois de mim virá quem bom de mim fará. Santana Lopes diria que é fruto de uma boa conjugação astral...
Quanto à obra, é cedo para conversarmos. Esqueçam o sucesso dos 6,02% do défice de 2005. Aquele número é o dobro! daquilo que é suposto alcançarmos. Mais: quanto a números e até agora, não há sucessos, que é o mesmo que dizer que, afinal, não há obra feita. Há a esperança...
Quanto à autoridade, ela existe sim, na aparência. Porque já houve uma substituição de um importante ministro, sem qualquer explicação lógica; porque há conflitos em “banho-maria”, de diversa ordem com interesses corporativos; porque há ministros em “roda-livre”; porque há “jobs-for-the boys”; porque há partidocracia – vidé governadores civis -; porque é visível neste Governo a “mão invisível de Adams”, etc.
Sejamos claros, o que está a acontecer é que tudo o que referi e que é mau, aparece em menor quantidade daquilo a que estávamos habituados. É uma questão de nível de exigência. Como muito bem diz Drucker, “a distância entre o líder e a média é uma constante”. Por isso, guardemos os foguetes para o final da festa.
By Meia-Leca
By Meia-Leca
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial