segunda-feira, novembro 21, 2005

Comércio tradicional de Coruche

















O comércio tradicional em Coruche, atravessa momentos difíceis, a concorrência no mercado da distribuição de bens de consumo no nosso País sofreu, nas ultimas décadas, enormes e forçadas transformações que, de uma forma natural influenciaram a mudança dos hábitos de compra dos consumidores, alterando radicalmente todo o sistema comercial, desde a importação ao retalhista, passando pelo armazenista.
Antes da investida inesperada do poder económico e financeiro no sector da distribuição, o mercado do comércio a retalho pertencia, todos ele, às micro e pequenas empresas do sector, hoje chamado Comércio Tradicional. A concorrência entre comerciantes fazia-se de uma forma correcta e saudável, procurando cada um melhorar as condições de venda, atendimento e atracção do seu estabelecimento, na tentativa de conseguir aumentar a sua cota de mercado, contribuindo, embora sem precipitações, para a modernização do comércio.

O “Natal” não é o que era. Que o digam os comerciantes de Coruche que têm assistido à queda vertiginosa das vendas. Opinião do Sr. A.F. Proprietário de uma loja de comércio tradicional, A.F. sublinha que os estabelecimentos comerciais chegaram a estar abertos quase vinte e quatro horas, em outras épocas, insatisfeito com as "vendas péssimas"; C.P. proprietário de um pequeno armazém local, adiantou que o "comércio já conheceu dias melhores" e "se o período das festas foi fraco, o Natal nem se fala", apesar de ainda faltar cerca de um mês. Na base deste descontentamento e como causas, A.F. aponta que "o dinheiro não dá para tudo". "Hoje em dia compra-se só o essencial", desabava.

A funcionária de uma perfumaria, afiançou que ainda é um pouco cedo para comparações. Ciente de que o Natal geralmente é bom, adianta que as pessoas da Coruche guardam sempre as compras para a véspera. Questionada quanto às vendas, a funcionária explicou que o perfume de mulher é, ainda assim, o produto mais solicitado nesta época, apesar de se notar facilmente que as pessoas têm menos poder de compra. Diz mesmo que o aparecimento de grandes superfícies comerciais no distrito só vieram piorar um comércio que está já com os dias contados. A "feroz" concorrência com a maior oferta de produtos e de melhores preços tendem a contribuir, a médio prazo, para o desaparecimento do pequeno comércio, e não nos podemos esquecer que associado ao comércio tradicional, está o atendimento personalizado, onde o bem-estar do cliente é a satisfação do comerciante, conclui.

6 Comentários:

Blogger Toze disse...

Coruchero vou-te roubar a gaja com o cartaz na mão :))))))))))

Abraço

12:10 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

:))))
Já votou nos blogs de Coruche?
Um abraço.

12:14 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Comércio tradicional em Coruche é uma treta.Muito sinceramente não me parece que lojas obsoletas, cheias de humidade, com prateleiras obstrutoras, com funcionários mal formados, com preços topo de gama e produtos made in china, consigam vender alguma coisa a alguém MESMO QUE SEJA ÀS ESCURAS NOITE DENTRO E DEPOIS DUNS COPOS.
O que parece fundamental é que estas lojas sejam alvo de fiscalização e sejam obrigadas a cumprir as normas europeias de segurança e boa prestação, ao invés de se refugiarem em alvarás e licenças, que remontam ao início do século. Se a fiscalização tivesse ladeado o programa de incentivo à modernização, certamente a maioria das lojas optava por aderir face à hipótese de ser penalizada por não cumprimento das normas exigidas.
A modernização destes espaços é o primeiro passo, depois recuperando clientes eles próprios abrem as horas que forem precisas.
O que se depreende é que estes empresários não aproveitarão nenhuma das medidas que se venham a regulamentar se não forem obrigados a tal.
São na maioria idosos, tem alvarás que remontam ao início do século, já não tem perspectivas mercantis e estão super protegidos no seu pelouro de antiguidade e tradicionalismo.No que me diz respeito não sou cliente do comércio tradicional porque :
1ª Sou mal atendida, não me satisfazem os produtos e a escolha dos mesmos envolve tanta deslocação de caixas, subidas e descidas a prateleiras, que depois implicam quase o pagamento de toda esta movimentação, não me sinto à vontade.
2ª Detesto ter de aguardar à frente de um Balcão para que me mostrem os produtos, ainda detesto mais a perseguição que os funcionários movem aos clientes com medo de serem assaltados, uma vez que não tem mecanismos de controle de saída de mercadoria.
3º Acho de um atrevimento mordaz a especulação do valor de produtos;
4º Não compreendo porque não dispõem de uma Casa de Banho para os clientes, de uma máquina de facturação regulamentada, ou de indicação expressa dos preços dos produtos.
Razões por que compro no novo comercio:1ª Tenho total liberdade de movimentos e escolha;
2ª Os preços estão devidamente indicados pelo que não tenho, que ter constantemente um funcionário à minha disposição;3º Se me demorar posso utilizar a Casa de Banho dos clientes;4º Os provadores são adequados e devidamente resguardados;5º Tem uma variedade de qualidade e estilo que motivam a visita-los com frequência, na medida em essa visita não envolve necessariamente prestação de qualquer funcionário.
Pelo que me atrevo a sugerir que tomem providencias para acabar já com tascas sem máquina de registar que não incluíssem a devida factura (obrigatórias), tascas com a cozinha em cima do balcão (ilegal), com lojas sem corredores ou amplitude necessária, com lojas sem casa de banho (obrigatório), com superfícies que denotassem falta de zelo como manchas de humidade, sujidade e más condições sanitárias, com alvarás do incio do Século.A partir daqui aguardem o funcionamento normal do mercado?
Os melhores cumprimentos

10:36 da manhã  
Blogger River disse...

Bem boa esta reportagem sobre o comércio tradicional de Coruche! mt mesmo!!! :o)

Apeasr de gostar mt do comércio tradicional (mm em Lx), a verdade é q as garndes superfícies nos oferecem outras vantagens... é difícil registir...

Bjs

2:10 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

O que vos escrevo nestas linhas não é novidade para ninguém. É o comércio tradicional vive uma profunda crise em Coruche. As grandes superfícies são uma realidade incontornável e há todo um conjunto de novos conceitos associados à nova economia que vieram para ficar e para vencer (e-business, globalização). Não vale a pena por isso chorar sobre o leite derramado. É verdade que muitos dos nossos autarcas não souberam defender os pequenos comerciantes, e permitiram que grandes supermercados aqui se instalassem, com isto também não quero dizer que sou contra o desenvolvimento e á liberdade de escolha. A verdade é que o comércio tradicional tem de "crescer" e deixar de se lamentar por todos os infortúnios desta vida e pela falta de apoio por parte das autarquias, que nem sempre são responsáveis por todos os males. As grandes superfícies são espaços agradáveis e que apresentam um conjunto grande de vantagens para os cidadãos que neles encontram uma grande variedade de oferta de produtos, espaço para estacionar. Não há por isso como combater aquilo que representam estes grandes grupos económicos senão com as mesmas armas.Os números não deixam mentir, e aqueles que são mais atentos a estas questões já repararam, com certeza, na quantidade de pequenos estabelecimentos comerciais que têm fechado as suas portas pelo facto de não puderem combater sozinhos com estas grandes superfícies, nomeadamente aqueles que se encontram um pouco afastados da zona nobre da vila. É certo que as dificuldades que se lhes apresentam são muitas, desde a falta de estacionamento, ao facto de estas serem zonas bastante antigas e afastadas das novas zonas habitacionais onde se instalam os jovens casais e todos os potenciais clientes com capacidade de compra.
Existem, hoje em dia, formas jurídicas para criação de empresas de capitais públicos e privados que têm como missão desenvolver e dinamizar a actividade de espaços com as características muito próprias do comércio tradicional, na qual comerciantes e autarquia têm como objectivo animar estas zonas tradicionalmente muito ricas, quer historicamente, quer arquitecturalmente, colocando em prática políticas comuns de animação e promoção e com preocupações ao nível da segurança, higiene e estacionamento. Não acredito que haja algum autarca que não seja sensível a esta problemática e que não sinta vontade de tudo fazer para criar condições para revitalizar o comercio tradicional, tal como não acredito que se os comerciantes e pequenos empresários não abandonarem o seu espírito individualista possam alguma vez vencer nesta selva da globalização.

3:07 da tarde  
Blogger Cruxe disse...

caro anónimo, comércio tradicional não é (ao contrário do que o Coruchero mostra na fotografia, acredito que apenas com a intenção de exemplificar) as pequenas mercearias.
São também as lojas de roupas/sapatos, as papelarias e lojas de brinquedos e todas as outras que, não sendo grandes superficies, vão sobrevivendo à crise (outras nem por isso...).

Agora relativamente ao assunto, lembro-me bem que em natais idos, os meus pais chegavam a contratar apenas para essa época mais 2 ou 3 funcionários e mesmo assim a loja estava cheia e chegou-se a sair de lá no dia 24 às 22h. Hoje, nas vésperas de natal as ruas estão desertas. Em compensação não dá para nos mexermos nos centros comerciais e grandes superficies.

O comércio tradicional está condenado e nós todos somos culpados disso.

9:26 da tarde  

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