segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Depeche Mode no pavilhão atlântico



É já na próxima quarta-feira que os Depeche Mode subirão ao palco do pavilhão atlântico, para um concerto com lotação esgotada; concerto que promete mais uma vez levar ao rubro
os ânimos de quem teve o privilégio de adquirir bilhete a tempo e horas. Mas alegrem-se, depois do concerto do dia 8 de Fevereiro de 2006 no Pavilhão Atlântico os Depeche Mode voltam novamente a Portugal em Julho de 2006; para quem não pode estar presente no atlântico terá uma outra oportunidade.
O Depeche Mode foi formado no verão inglês de 1980, em Basildon, Essex, por três amigos de colégio: Andrew Fletcher , Martin Gore e Vince Clarke. Vince, o vocalista, veio de uma dupla de gospel, contando com uma passagem pelo grupo No Romance in China. Martin era guitarrista em um grupo desconhecido e Andrew, baixista do Boys Brigade. Vince alem do vocal, cuidava da drum machine, Andrew tocava baixo e Martin, a guitarra e o sintetizador. Em pouco tempo resolveram comprar sintetizadores para todos, inspirados nas bandas que surgiam como Gary Numan, Human League e OMD, tendo no Kraftwerk a grande fonte inspiradora. Só havia um problema: eles sentiram que fazia falta um cantor de peso, que comandasse a parada na linha de frente. O escolhido foi David Gahan, um ex-punk e estudante de estilismo que conheceram em um pub cantando "Heroes" do David Bowie. David trouxe o vocal forte e afinado e o nome retirado de uma revista francesa de moda, Depeche Mode seria algo como "Moda Rápida", mal sabia ele que ali estava surgindo um dos maiores e mais duradouros grupos do pop eletrônico mundial.

Foi esse primeiro quarteto que gravou uma fita demo e ofereceu para dezenas de gravadoras recebendo sempre um não como resposta. Um dos últimos a serem consultados foi Daniel Miller, que teve a oportunidade de vê-los abrindo um show para Fad Gadget em Dezembro de 1980 e convidou o grupo para participar de uma coletânea da então recém fundada gravadora Mute Records. O LP tinha o nome de Some Bizarre Album que reuniam grupos novatos, entre eles B-Movies, The Fast Set, The The e Soft Cell. A faixa escolhida foi "Photographic". A primeira apresentação do grupo aconteceu na escola Saint Nicholas, onde Martin e Andrew estudavam. Logo depois gravaram uma fita demo e enviaram para todos os clubes de londres onde conseguiram uma vaga para tocar no Bridgehouse Club num evento batizado de "Noite Futurista". Pouco tempo depois, em fevereiro de 1981, o grupo lançou o seu primeiro compacto tendo "Dreaming of Me" como faixa principal, alcançando o 57º posto da parada britânica. Diversos shows aconteceram ao longo do primeiro semestre de 81, incluindo uma honrosa abertura para o Ultravox, colocaram o DM na ordem do dia. Seguiram-se então mais três compactos ate o lançamento do primeiro LP Speak and Spell. O álbum estourou por toda a Europa e chegou aos EUA, entrando para o Top 10 americano trazendo a ultra dançante " Just Can't Get Enough", fazendo as pistas do mundo inteiro balançarem ao som do thecnopop. Mas acontece algo inesperado. Vince Clarke resolveu deixar a banda em Dezembro de 81, antes da banda terminar sua primeira grande turne inglesa. Vince passaria então a formar suas bandas Assembly, Yazoo (eternizando hits como "Don't Go" / "Situation") e o mega Erasure com Andy Bell. Durante algum tempo o DM seguiu como trio tendo Daniel Miller como help nas apresentações ao vivo, gravando mais alguns compactos e lançando o seu segundo LP, A Broken Frame, em 1982. A partir daí decidem recrutar alguém para ocupar o espaço deixado por Vince Clarke, tarefa que não seria nada fácil, uma vez que Vince era um verdadeiro gênio por traz dos sintetizadores e todo o aparato eletrônico da banda.

Foi através do semanário inglês Melody Maker que conhecem Alan Wilder, que detinha grande conhecimento técnico da tecnologia musical da época e ele passa a integrar o DM nos shows e composições para o terceiro álbum, que a partir de então passa a sofrer profundas transformações com elementos de música industrial (ruídos de trens, martelos, bigornas, maquinas) e uma posição ideológica voltada para as questões políticas, religiosas e sociais daquele momento, mas isso é outra historia...

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