Cada época teve a sua música, o seu som, os seus génios; e o Século XX não pode escapar á regra. O que sobressai é que não seremos nós os julgadores, os críticos, os lúcidos, e os esclarecidos capazes de hoje comparar Mozart, Beethoven, Schubart ou a família Bart, ás composições deste grupo. Mas não há dúvida que a era de 60 provocou uma grande reviravolta na nossa maneira de sentir musicalmente, e isso deve-se sem dúvida aos Beatles.
As coisas começam sempre assim, por um facto sem grande importância, mas que depois cresce até atingir proporções desmedidas, por isso os Beatles sendo Ingleses começaram obscuramente numa cave alemã de Hamburgo, se bem que já actuassem na sua terra, mais propriamente em Liverpool, nem sequer Londres. Mas que tinham eles de especial? Pois é certo que já existiam outros grupos que faziam menos-mal pela vida, só que acontecia um facto muito forte, os Beatles eram um fenómeno que se adequava perfeitamente á época nascente, enquanto os outros não; mas o que tinham os Beatles que os distinguissem dos outros? Ora tinham muita coisa… Irreverência, um estilo inconformista, dois elementos de grande talento; Lennon e McCartney, um som novo, uma maneira de se apresentar diante do público que contagiava, e mediatamente uma audácia, uma coragem e a simpatia extrema.
Eram quatro rapazinhos com o cabelo cortado á maneira dos anjos que os pintores retratavam durante a idade média, mas empunhando guitarras eléctricas e uma bateria infernal, mais anjos do inferno que do céu; mas que de qualquer maneira se distinguiam dos seus contemporâneos; e com o seu crescimento cresceu igualmente a indústria do disco, que em poucos anos conheceu uma prosperidade fabulosa, nada havia a fazer, o novo ritmo punha o mundo de pernas para o ar e obrigava-o a seguir a moda, a moda dos anos 60.
A ascensão prodigiosa dos Beatles deve-se á sua primeira audição em Londres e ao primeiro disco que anteriormente gravaram “Love Me Do”, havia muitos anos que a música não sofria tão grande convulsão, havia dez anos que os clássicos continuavam a repousar muito tranquilos nos seus túmulos.Decorrido um ano após a primeira gravação, os Beatles eram imbatíveis em Inglaterra, aparecendo constantemente como grupo número um em todas as tabelas de classificação, destronando o ídolo americano Elvis Presley, o fenómeno Beatle, claro que está, que foi analisado por observadores competentes, por filósofos a sério e por críticos musicais de reconhecida competência; e todos chegaram apenas a uma conclusão: Os Beatles eram a resposta que uma sociedade quase (ionizante) devido á segunda guerra mundial, era uma sociedade que no ocidente voltava a enriquecer e a recomeçar com velhos costumes, belas modas, coisas gastas vistas e inúteis. E sem dar por isso, essa sociedade aderiu á nova teoria dos Beatles, que é como quem diz, vamos ser diferentes! Vamos mudar uma data de coisas que cheiram a bolor! Vamos ser menos convencionais! E se nos apetecer deixaremos crescer os cabelos; e deixaram, muitas cabeleiras e barbas nasceram com os Beatles.
Enfim a juventude mundial viu ao seu alcance alguma coisa de positivo, tangente sem complicações, e o mundo inteiro respondeu sim. Nunca nenhuma sociedade capitalista levara um choque tão grande, como a norte americana, primeiro com Elvis e depois com os Beatles.
Os Beatles uniram todas as juventudes, pela primeira vez na história do mundo, Alemães, Japoneses, Americanos os próprios Russos, Tailandeses e Suecos; assim todos movendo-se com o mesmo ritmo, todos cantando o mesmo compasso, tudo isto começou em 1962.
Os Beatles souberam revolucionar o planeta logrando a categoria de mitos, foi o ano em que o seu país, o mais conservador á face da terra, o das tradições
E do ritual das cortes, viria a entregar-lhes a ordem do império britânico, máximo galardão nacional, tendo reconhecido por um lado a sua obra e ao mesmo tempo o grande caudal de divisas que os quatro rapazes em caminharam para Inglaterra, com as suas actuações no estrangeiro.
Os Beatles diga-se o que se disser, são de considerar hoje e amanhã, o fenómeno da década de 60, uma vês que a história deste grupo musical é a história da juventude que a viveu, a aceitou, e se apaixonou por ela, já um crítico disse que os Beatles fizeram mais pela sociedade duque duas guerras juntas. Os Beatles também participaram em filmes inconformistas um pouco á irmãos Marx “ A Hard Day´s Night, Help, Yellow Submarine”, este último é um desenho animado, uma soberba fantasia inspirado num jeito surrealista dos Beatles na sua atitude ofensiva, contra tudo o que é convencional na sua liberdade.
Separaram-se mas a nostalgia da música pop obrigou-os a formar, cada um isoladamente os seus grupos. Contudo The Beatles ficaram presentes na memória de todo o Mundo.
Chegamos ao último dia de mais um ano...Um ano, que como todos os outros, nos reservou muitas surpresas. Nos proporcionou muitos momentos de alegria e também de tristeza.Todos os finais de ano fazemos uma reflexão. Sempre que iniciamos algo, seja uma actividade, um mês e até mesmo um ano, criamos uma certa expectativa do que queremos conquistar ou então concluir. Fazemos um balanço dentro de nossa mente, um cronograma. O problema, é chegar ao final de mais um ano e verificarmos que não conseguimos alcançar os objectivos que tínhamos em mente. Isso causa o que muitos chamam de "depressão de fim de ano".Porém, essa "depressão" é apenas momentânea. Quando paramos e percebemos que um novo ano se aproxima e com ele novas oportunidades, novos sonhos, novas conquistas; animamo-nos para recomeçar de novo. Ter a perspectiva de que coisas novas irão surgir, o que nos dá forças para prosseguir, mesmo que este ano não tenha sido um dos melhores.Nestas últimas horas de 2005 e nos primeiros dias do novo ano, devemos apenas recordar das coisas boas que nos aconteceram, dos sonhos que conseguimos realizar. Ver o que crescemos como pessoas, as coisas que aprendemos com os nossos erros e tentativas frustradas. Das coisas menos boas, retirar forças para tentar novamente; reavaliar nossos actos, pensamentos, valores, sonhos...Afinal, como dizem, ano novo, vida nova...
